Eu li: Dançando Sobre cacos de Vidro, de Ka Hancock

Autor: Ka Hancock

Editora: Arqueiro

Ano: 2013/Páginas: 336

Sinopse: Lucy Houston e Mickey Chandler não deveriam se apaixonar. Os dois sofrem de doenças genéticas: Lucy tem um histórico familiar de câncer de mama muito agressivo e Mickey, um grave transtorno bipolar. No entanto, quando seus caminhos se cruzam, é impossível negar a atração entre eles.

Contrariando toda a lógica que indicava que sua história não teria futuro, eles se casam e firmam – por escrito – um compromisso para fazer o relacionamento dar certo. Mickey promete tomar os remédios. Lucy promete não culpá-lo pelas coisas que ele não pode controlar. Mickey será sempre honesto. Lucy será paciente.

Como em qualquer relação, eles têm dias bons e dias ruins – alguns terríveis. Depois que Lucy quase perde uma batalha contra o câncer, eles criam mais uma regra: nunca terão filhos, para não passar adiante sua herança genética.

Porém, em seu 11° aniversário de casamento, durante uma consulta de rotina, Lucy é surpreendida com uma notícia extraordinária, quase um milagre, que vai mudar tudo o que ela e Mickey haviam planejado. De uma hora para outra todas as regras são jogadas pela janela e eles terão que redescobrir o verdadeiro significado do amor.Dançando sobre cacos de vidro é a história de um amor inspirador que supera todos os obstáculos para se tornar possível.

"Seus lábios encontraram os meus e ele me beijou como se tivesse acabado de inventar o beijo."

Quando li esse livro (e já faz um bom tempo), creio que demorei semanas até o digerir por inteiro. Foi um dos livros mais intensos que já li. No momento em que coloquei os olhos na capa dele, eu sabia que seria uma leitura muito especial. Eu chorei tanto, mas tanto, que nem sabia o que era isso desde que li Os 13 Porquês e Como eu era antes de Você!

Dançando sobre cacos de Vidro é um livro cheio de ensinamentos. Sobre a vida, sobre o amor, sobre a fé nos outros e, principalmente, em si mesmo.Talvez eu esteja sendo hipócrita, quem sabe? Mas acho que nunca vi um amor tão puro quanto o de Lucy e Mickey. Ela, tendo que lidar com o fato de que a qualquer momento  poderia ser chamada ao consultório de sua médica, pois poderiam encontrar algum câncer. 

E ele, tendo que conviver todos os dias com a doença da bipolaridade (que de forma alguma é algo para se debochar como muitos fazem por aí), a hiperatividade e todos os outros "e". Os dois tem TANTO a perder nesse casamento, mas a cada página que eu lia podia sentir a fé e a confiança que cada um tinha no outro. 

"O amo tanto que, se pudesse, dançaria para sempre contigo sobre cacos de vidro." 

A Lucy é uma mulher tão admirável! Digna mesmo. Ela tem que aguentar um cara que muda de humor repentinamente, tem surtos horrívels e por vezes a acaba machucando mesmo que emocionalmente. Ela nunca sabe se é o Mickey dela que está ali ao seu lado na cama ou o Mckey surtado. 

E o Mickey? Ele é muito especial. A minha vontade era de arrancar ele do livro e dar muitos abraços nele! É triste ver o quanto ele tem que se controlar o tempo inteiro, pois ele faz muito esforço para não fazer nada de errado. Ele ama a Lucy tão imensamente quanto ela o ama. 

As partes do diário do Mickey foi uma das coisas que mais me emocionou. Me deixou aquele apertado na garganta sabe? 

"Descobri que a realidade é muito mais cruel que a loucura. A loucura pode ser medicada, reduzida, sedada." 

Como eu li já faz algum tempo como eu disse, não vou lembrar de todos os personagens secundários, mas uma que eu lembro é a irmã da Lucy. Que mulherzinha mais chata!! Parece que não quer a felicidade da irmã, e se Lucy é feliz com o Mickey quem é ela pra ficar colocando defeito em tudo? Sério, ela me irritou profundamente durante a leitura. Só ficava criticando o tempo todo, fora o ar de invejosa que ela tinha rs. Mas acho que fora ela, eu gostei de todos os outros personagens da história, todos tiveram o seu papel (inclusive a irmã má), e foram bem construidos. 

Enfim, eu realmente espero que cada pessoa que tenha lido ou ainda vá ler, sinta as mesmas emoções que senti. Dançando sobre Cacos de Vidro te faz sofrer até os últimos minutos? Sim. Te faz sorrir e chorar, mas também te faz acreditar no amor e o quão precioso ele pode ser.