Autor: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Ano: 2015/Páginas: 424
Sinopse: "O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses.
Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso… Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho?
Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe - e Mare contra seu próprio coração."
Eu estava com MUITA, mas MUITA expectativas em relação a esse livro. Ele foi o lançamento de Junho (se não me engano) da Editora Seguinte, e então nas minhas férias inteiras eu fiquei vendo nos grupos "A Febre de A Rainha Vermelha". Eu chamo assim pois em todos os grupos de leitores dos quais participo sempre tinha pelo menos uma pessoa comentando o quanto amou o livro. E sim, eu sou bem dessas de me deixar levar pelo animo dos outros..... só que o livro não é tudo isso minha gente.
A impressão que tive foi que a autora pegou várias distopias (já conhecidas) e fez mix. A sensação que tive ao longo do livro foi de já ter visto aquilo ali em algum outro livro. É claro que nesse meio do gênero Distopia é difícil achar algo que não se pareça nos dias de hoje. E confesso que achei super legal toda a idéia da coisa ok? Só que pelo jeito como o pessoal estava comentando desse livro eu esperava algo que me fizesse dizer: "Porra, que livro é esse?" Eu esperava amar, realmente. Não posso dizer que não gostei, pois Victoria Aveyard deu um jeitinho de me surpreender no final.
Quando terminei a leitura do livro, fui direto para minha amiga ter um pequeno "debate" sobre as nossas impressões da história. Fiquei surpresa quando vi que tinhamos a mesma opnião (já que raras vezes concordamos a respeito de um livro): O livro não tem romance nenhum. CALMA! Não estou dizendo que o livro precisa ter romance para ser bom. Estou dizendo que a autora quis colocar na história um romance inexistente! Os personagens não tem quimica nenhuma, e quando eu digo isso eu quero dizer que nenhum personagem tem.
Geralmente, quando eu leio um livro costumo ter um personagem favorito ou pelo menos algum que eu sinta empatia. Mas aqui simplesmente não rolou.
Ficaram algumas coisas no ar sabe? Como: De onde veio o poder da Mare? Porque quando ela mais precisa ele não se manifesta?
E outra coisa: Que merda foi aquela com o Maven? Foi ai que a autora conseguiu me surpreender, ela transformou o maior sonso da história no maior vilão digno de novela mexicana. A frase "Todo mundo traí todo mundo" nunca fez tanto sentido. Devo dizer que gostei muito dessa reviravolta na história, pois eu pensei que nunca iria acontecer nada de interessante até o final das 424 páginas.
Gente o que posso dizer do nosso "mocinho", o Cal? Não me desceu. Eu poderia jurar que ele iria ganhar o meu coração! E no começo até quase ganhou, mas.... que cara CHATO. Tinha que ser um herdeiro mesmo, só não é pior que a Headlyn de A Herdeira.
Posso não ter me apegado aos personagens mas posso dizer que gostei muito de Julian. Ao longo do livro podemos ver o quanto a relação dele com a Mare cresce, o quanto ela se torna consciente de si mesma, dos seus novos poderes e de sua nova vida e muito graças a ajuda dele.
A rainha Elara: Essa é digna viu! A mulher é uma cobra assumida, daquelas que não escondem do que é capaz de fazer sabe? Eu fiquei deslumbrada com o poder dela. Eu queria muito que alguém disesse que também achou aquela Evangeline uma vilãzinha de meia tigela! A gente pensa que a menina vai vingar, pra no final ser do tipo "Late mas não morde", garotinha chata, mimada e alienada.
Não vou citar todos os personagens, queria dar enfâse a esses que eram os que eu tinha algo para falar mesmo. Espero que no próximo livro da série, "Glass Sword", a autora esclareça todos esses pontos que ficaram sem resposta em Red Queen. Estou sim ansiosa para ler, até porque esse final foi de matar.
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